AVALIAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS EM UMA UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
Palavras-chave:
resíduos sólidos, serviço de alimentação, redução de desperdícioResumo
A Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN), pelas características de seu trabalho, é uma grande produtora de resíduos. Objetivo: Avaliar os resíduos produzidos em uma UAN. Metodologia: A coleta de dados foi realizada durante cinco dias em uma UAN, localizada no município de São Paulo, que produz em média 520 refeições/dia. Todos os resíduos produzidos durante o processo, as embalagens descartadas e as amostras dos alimentos que foram recolhidos diariamente foram pesados em balança de plataforma. Resultados: A unidade produziu 1.226,86kg de resíduos sólidos na semana pesquisada composto por: sobras 30,59%; restos 11,68%; amostras de alimentos 5,31%; lixo orgânico da cozinha 26,90%; lixo reciclável 2,18% e lixo comum 1,08%. Com relação às áreas, as produtoras de maior porcentagem de resíduos foram: a cozinha (77%), referentes ao pré-preparo dos alimentos e às sobras; a devolução (15%); e o estoque (8%). Do lixo produzido 209,63kg foram da confeitaria, 120,50kg das áreas salada e açougue, 22,75kg das embalagens plásticas, 3,80kg das latas, 64,35kg de baldes plásticos e 375,30kg de sobras da distribuição. Do total de resíduos produzidos na UAN 12,20% são destinados para a reciclagem e 87,80% são enviados para o aterro e lixões, sendo que destes últimos 74,50% poderiam ser utilizados para compostagem. Conclusão: É grande o volume de restos produzidos, o que requer monitoramento constante e definição de estratégias de redução, tais como indicadores próprios para a unidade, treinamento de manipuladores e conscientização dos usuários sobre o desperdício.
Referências
COELHO, H. Manual de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. Rio de Janeiro: Fiocruz; 2000. 85p.
IBGE. Pesquisa Nacional de Saneamento Básico – PNSB;1991 Disponível em: www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/ indicadoresminimos/notasindicadores.shtm. [Acesso em 30 Set 2007]
SISINNO, C.L.S.; OLIVEIRA, R.M.M. Resíduos Sólidos, Ambiente e Saúde, uma visão multidisciplinar. 3.ed. Rio de Janeiro: Fiocruz; 2006. 138p.
BRASIL. ABNT / CETESB / NBR 10.004/04. Resíduos sólidos - Classificação Disponível em: www.fiesp.com.br/ ambiente/pdf/Normas/ Normas Regulamentadoras _ Fed_Residuos.pdf . [Acesso em 30 Set 2007]
PLANETA ORGÂNICO. Lixo – o que fazer? Disponível em: http://www.planetaorganico.com.br/ meiolixo1.htm [acesso em 30 set 2007]
GADOTTI, M. Perspectivas atuais da educação. Porto Alegre: Artmed, 2000. 294p.
KINASZ, T.R.; WERLE, H.J.S. Produção e composição física de resíduos sólidos em alguns serviços de alimentação e nutrição, nos municípios de Cuiabá e Várzea Grande, Mato Grosso: questões ambientais. Rev. Higiene Alimentar, São Paulo, v.20, n.144, p. 64-71, 2006.
BRASIL. Fundação Nacional de Saúde. Orientações técnicas para apresentação de projetos de resíduos sólidos urbanos. Brasília: Funasa, 2006. 45p.
LIXO. Disponível em: <http://www.lixo.com.br/home.html >[acesso em 30 set 2007] BARBOSA, G. Incineração. In: JARDIM, N. S. et al. (Coord.). Lixo municipal: manual de gerenciamento integrado. São Paulo: IPT/CEMPRE, 1995. (Publicações IPT, 2163) Disponível em: http://www.drh.uem.br/res /anexo_46_ed.18.2005.NT.DEC.pdf [Acesso em 30set 2007]
SISINNO, C.L.S.; MOREIRA, J.C. Ecoeficiência: um instrumento para a redução da geração de resíduos e desperdícios em estabelecimentos de saúde. Cad. Saúde Publ, Rio de Janeiro, v.21, n.6, p. 1893-1900, jan./fev.2005.
ABREU, E.S.; SPINELLI, M.G.N.; SOUZA PINTO, A.M. Gestão de Unidades de Alimentação e Nutrição: um modo de fazer. 2a ed. São Paulo: Metha; 2007. 318p.
PINTER, S. Santa Catarina tem um lixo rico. Jornal na Economia. 11 dez 2000 Disponível em: http://www1.an.com.br/2000/dez/11/0ecc.htm. [acesso em 01 set 2008]
AKUTSU, R.C.; et al. A ficha de preparação como instrumento de qualidade na produção de refeições. Rev.de Nutrição, Campinas,v.18,n.2,p. 277-279,2005.
SÃO PAULO. Portaria SMS-G n°1210 de 02 de agosto de 2006. Regulamento Técnico de Boas Práticas na Produção de Alimentos. Disponível em: http: // www.fundipan.org.br/port/ portaria1210 . htm . [acesso em 30 junho 08]
BRASIL. Lei nº 9.605, de12 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre os Crimes Ambientais. Diário Oficial da União. 13 fev 1998; Seção 1:1.