SÍNTESE DE CONHECIMENTO: ALGUMAS POSSIBILIDADES DESTA TENDÊNCIA PARA O CAMPO DA SAÚDE E NUTRIÇÃO
Palavras-chave:
Síntese de conhecimento, Centro de Síntese, Paradigmas científicos, EpistemologiaResumo
Em um contexto de elevada produção científica hiperespecializada, este ensaio procura refletir sobre os paradigmas científicos ao longo da história até o contexto atual, no qual a síntese de conhecimento consolida-se e se apresenta como uma tendência nas pesquisas. Assim, possui como objetivo relacionar a Síntese de Conhecimento com o campo da Saúde, Alimentação e Nutrição, propondo uma revisão histórica dos paradigmas científicos e discorrendo novas tendências científicas. Considerando iniciativas em outras áreas que já se organizam em grupos interdisciplinares de síntese, esse trabalho pode contribuir com futuras propostas para o campo da Saúde e da Nutrição.
Referências
BALBINO, L. C.; BARCELLOS, A. O.; STONE, L. F. Marco referencial integraçãolavoura-pecuária-floresta. Brasília: Embrapa, 2011.
BARON, J. S. et al. Synthesis centers as critical research infrastructure. BioScience, Washington, v. 67, n. 8, p. 1-10, 2017.
BOSI, M. L. M.; PRADO, S. D. Alimentação e Nutrição em Saúde Coletiva: constituição, contornos e estatuto científico. Ciência e Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 1, n. 16, p.1-17, jul. 2011. Mensal. Disponível em: https://www.scielosp.org/pdf/csc/2011.v16n1/7-17/pt. Acesso em: 07 jan. 2020.
BRASIL. Decreto nº 7.272, de 25 de agosto de 2010. Regulamenta a Lei no 11.346, de 15 de setembro de 2006, que cria o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional - SISAN com vistas a assegurar o direito humano à alimentação adequada, institui a Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional - PNSAN, estabelece os parâmetros para a elaboração do Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, e dá outras providências. Diário Oficial da União: Seção 1, Brasília, DF, 26 ago. 2010. Poder Executivo, p. 6. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Decreto/D7272.htm. Acesso em: 30 set. 2020.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Alimentação e Nutrição. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4232394/mod_resource/content/1/POL%C3%8DTICA%20NACIONAL%20DE%20ALIMENTA%C3%87%C3%83O%20E%20NUTRI%C3%87%C3%83O.pdf. Acesso em: 30 set. 2020.
BUSS, P. M.; PELLEGRINI FILHO, A. A saúde e seus determinantes sociais. Physis, Rio de Janeiro, v. 17, n. 1, p. 77-93, 2007. DOI 10.1590/S010373312007000100006.
FREITAS, M. C.; MINAYO, M. C. S.; FONTES, G, A. V. Sobre o campo da alimentação e nutrição na perspectiva das teorias compreensivas. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 16, n. 1, p. 31-38, 2011.
GUIMARÃES, R. Pesquisa translacional: uma interpretação. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro , v. 18, n. 6, p. 1731-1744, 2013. DOI 10.1590/S1413-81232013000600024.
HAMPTON, S. E.; PARKER, J. N. Collaboration and productivity in scientific synthesis. BioScience, Washington, v. 61, p. 900–910, 2011.
JAIME, P. C. et al . Um olhar sobre a agenda de alimentação e nutrição nos trinta anos do Sistema Único de Saúde. Ciência Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 23, n. 6, p. 1829-1836, 2018. DOI: 10.1590/1413-81232018236.05392018.
JAPIASSÚ, H.; MARCONDES, D. Dicionário básico de filosofia. 3. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.
KUHN, T. S. A estrutura das revoluções científicas. 5. ed. São Paulo: Perspectivas, 1998.
MARTINELLI, S. S.; CAVALLI, S. B. Alimentação saudável e sustentável: uma revisão narrativa sobre desafios e perspectivas. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 24, n. 11, p. 4251-4261, 2019.
MARTINO, L. C.; BOAVENTURA, K. T. O mito da interdisciplinaridade: história e institucionalização de uma ideologia. E-compós, Brasília, v. 16, n. 1, p. 1-16, 2013.
MORILLO, F.; BORDONS, M.; GÓMEZ, I. Interdisciplinarity in science: a tentative typology of disciplines and research areas. Journal of the American Society for Information Science and Technology, New York, v. 54, n. 13, p. 1237-1249, 2003.
POPPER, K. R. A lógica da pesquisa científica. 3. ed. São Paulo: Editora Cultrix, 1972.
PRODANOV, C. C.; FREITAS, E. C. Metodologia do trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. Novo Hamburgo: Universidade Feevale, 2013.
SANTOS, B. S. Um discurso sobre as ciências. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2008.
SANTOS, C. R. A. A alimentação e seu lugar na história: os tempos da memória gustativa. História: Questões & Debates, Curitiba, v. 42, n. 1, p. 11-31, 2005. Disponível em: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/historia/artigo/ANTUNES.alimentacao.pdf. Acesso em: 17 jan. 2020.
SIMBIOSE. Apresentação. Brasília: Centro de Síntese em Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos, 2020. Disponível em: http://www.sinbiose.cnpq.br/web/sinbiose/apresentacao. Acesso em: 06 jul. 2020.
VAN DEN BESSELAAR, P.; HEIMERIKS, G. Disciplinary, multidisciplinary, interdisciplinary: concepts and indicators. In: CONFERENCE ON SCIENTOMETRICS AND INFORMETRICS, 8., 2001, Sydney, Australia. Paper [...]. Sydney, 2001. p. 16-20.
VASCONCELLOS, M. J. E. Pensamento sistêmico: novo paradigma da ciência. Campinas: Papirus, 2002.
VIEIRA, E. M. F. et al. Teoria geral de sistemas, gestão de conhecimento e educação a distância: revisão e integração dos temas dentro das organizações. Revista Ciências da Administração, Florianópolis, v. 7, n. 14, p. 1-13, 2005.