UNESP E DITADURA MILITAR: TRAGÉDIA E FARSA
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Resumen
O Golpe de 1964, melhor tratado como Civil-Militar, contou com apoio de setores civis da sociedade brasileira, inclusive nas universidades, com graves consequências decorrentes de seu caráter autoritário, arbitrário e repressivo, sendo necessário rememorá-lo para que nunca seja reinventado. O objetivo deste artigo é contribuir para o conhecimento das relações Unesp
- Ditadura Civil-Militar, de 1976 a 1985, por meio de memórias do autor e revisão da literatura. São abordados a criação da Unesp, alguns episódios emblemáticos do autoritarismo arbitrário na vida universitária, incluindo invasões policiais e greves, as relações com o poder ditatorial e as lutas pela democratização, como por ocasião da sucessão do Reitor, em 1984. Conclui-se que as ações da Ditadura, embora repudiadas pela maioria da sociedade brasileira, encontraram abrigo na Unesp, pelas mãos de seus dirigentes centrais e da maioria das unidades universitárias, sob a forma de sinergismo autoritário, próprio do poder oligárquico. Constatou-se que, enquanto a sociedade brasileira caminhava rumo à democracia, inclusive com a eleição de democratas em governos estaduais, os dirigentes da Unesp a conduziam com acirramento de atos autoritários e discricionários. Se a Ditadura foi uma tragédia, na Unesp essa foi repetida com os tons de farsa.