CONHECIMENTOS SOBRE NUTRIÇÃO E SUA RELAÇÃO COM O IMC DEESCOLARES
Palavras-chave:
escolares, obesidade, conhecimentos em nutrição, hábitos alimentares, Educação NutricionalResumo
O estudo teve como objetivo avaliar o índice de massa corporal (IMC), o consumo alimentar e o conhecimento em nutrição de crianças de sete a onze anos de idade. Trata-se de um estudo transversal realizado com uma amostra de 213 estudantes de uma escola privada em São Paulo. Foram realizadas medidas antropométricas para a avaliação da composição corporal. Considerou-se como sobrepeso o índice de massa corporal acima do percentil 85, e obesidade acima do percentil 95. A prevalência de obesidade foi maior no sexo masculino, mas em ambos os casos houve o baixo consumo de frutas e vegetais e o pouco conhecimento em nutrição, porém não foi verificada associação estatisticamente significativa entre essas variáveis e o índice de massa corporal. A prevalência de sobrepeso e obesidade entre os alunos foi considerada elevada, atingindo 24,9% e 15,1% do total da amostra, respectivamente. A alta prevalência de sobrepeso e obesidade observada em crianças evidencia a importância da intervenção nesse ambiente estudado, por meio de educação nutricional, visando a prevenção do desenvolvimento de doenças crônicas na fase adulta.
Referências
ANJOS, L. A.; CASTRO, I. R. R.; ENGSTROM, E. M.; AZEVEDO, A. M. F. Crescimento e estado nutricional em amostra probabilística de escolares no Município do Rio de Janeiro, 1999. Cad Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.19, n.1, p.171-179, 2003.
ARGOTE et al. Caracteristicas biológicas, familiares y metabólicas de la obesidad infantil y juvenil. Revista Médica do Chile, v.129, n.10, p.1155-1162, 2001.
BALABAN, G.; SILVA, G. A. P. Prevalência de sobrepeso e obesidade em crianças e
adolescentes de uma escola da rede privada de Recife. Jornal de Pediatria, v.77, n.2, p.96-100, 2001.
BARRETO, S. M.; et al.. Análise da Estratégia Global para Alimentação, Atividade Física e Saúde, da Organização Mundial da Saúde. Epidemiol Serv Saúde, v.14, n.1, p.41-68, 2005.
BORGES, C. R.; KOHLER, M. L. K.; LEITE, M. L. et al. Influência da televisão na prevalência de obesidade infantil em Ponta Grossa, Paraná. Cienc Cuid Saude, v.6, n.3, p.305-311, 2007.
BRASIL. Ministério da Saúde. Estratégia Global em Alimentação Saudável, Atividade Física e Saúde. Disponível em <http://dtr2004.saude.gov.br/nutricao/documentos/eb_portugues.pdf>. Acesso em: 6 de setembro. 2008.
CAMPOS, L. A.; LEITE, A. J. M.; ALMEIDA, P. C. Nível sócio-econômico e sua influência sobre a prevalência de sobrepeso e obesidade em escolares adolescentes do município de Fortaleza. Rev Nutr, Campinas, v. 19, n.5, p.531-538, 2006.
CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE. Regulamentação de pesquisas envolvendo seres humanos. Resolução nº196/96. Brasília (DF), 1996.
CORONELLI, C. L. S.; MOURA, E. C. Hipercolesterolemia em escolares e seus fatores de risco. Rev Nutr, v.37, n.1, p.24-31, 2003.
COSTA, R. F.; CINTRA, I. P.; FISBERG, M. Prevalência de sobrepeso e obesidade em escolares da cidade de Santos, SP. Arq Bras Endocrinol Metab, v.50, n.1, p.60-67, 2006.
DAMIANI, D.; CARVALHO, D. P.; OLIVEIRA, R. G. Obesidade na infância – um grande desafio. Pediatria Moderna, São Paulo, v.36, n.8, p.489-528, 2000.
ESCRIVÃO, M. A. M. S.; LOPES, F. A. Obesidade: Conceito Etiologia e Fisiopatologia. In: Nóbrega, F. J. Distúrbios da Nutrição. Rio de Janeiro: Revinter, RJ. 1998.
ESCRIVÃO, M. A. M. S.; OLIVEIRA, F. L. C.; TADDEI, J. A. A. C.; LOPES, F. A. Obesidade exógena na infância e adolescência. Jornal de Pediatria, v.76, n.3, p.305-310, 2000.
FAGUNDES, A. A., et al. Vigilância Alimentar e Nutricional – SISVAN: Orientações básicas para a coleta, o processamento, análise de dados e a informação em serviços de saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2004.
FIATES, G. M. R.; AMBONI, R. D. M. C.; TEIXEIRA, E. Comportamento consumidor, hábitos alimentares e consumo de televisão por escolares de Florianópolis. Rev Nutr, Campinas, v.21, n.1, p.105-114, 2008.
FILHO, M. B.; RISSIN, A. A transição nutricional no Brasil: tendências regionais e temporais. Cad. Saúde Pública, v.19, n.1, p.181-191, 2003.
FISBERG, M. Obesidade na Infância e Adolescência. São Paulo: Fundação BYK, 1995.
FONSECA, V. M.; SICHIERI, R.; VEIGA, G. V. Fatores associados à obesidade em adolescentes. Rev Saúde Pública, São Paulo, v.32, n.6, p.541-549, 1998.
GALINDO, D.; ASSOLINI, P. J. Eatertainment: a divertida publicidade que alimenta o público infantil. In: XI Congresso Latinoamericano de investigadores de la comunicación. Instituto Tecnológico y de Estúdios Superiores de Monterrey, México, 2008.
GIUGLIANO, R.; CARNEIRO, E. C. Fatores associados à obesidade em escolares. J Pediatr, v.80, n.1, p.17-22, 2004.
LEÃO, L. S. C. S.; ARAÚJO, L. M. B.; MORAES, L. T. L. P.; ASSIS, A. M. Prevalência de Obesidade em Escolares de Salvador, Bahia. Arq Bras Endocrinol Metab, v.47, n.2, p.151-157, 2003.
MONDINI, L.; et al. Prevalência de sobrepeso e fatores associados em crianças ingressantes no ensino fundamental em um município da região metropolitana de São Paulo, Brasil. Cad Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.23, n.8, p.1825-1834, 2007.
MONTEIRO, C. A.; CONDE, W. L.; CASTRO, I. R. R. A tendência cambiante da relação entre escolaridade e risco de obesidade no Brasil (1975-1997). Cad Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.19, n.1, p.67-75, 2003.
MONTEIRO, C. A.; CONDE, W. L. Tendência secular da desnutrição e da obesidade na infância na cidade de São Paulo (1974-1996). Rev Saúde Pública, v.34, n.6, p.52-61, 2000
MELLO, E. D.; LUFT, V. C.; MEYER, F. Obesidade infantil: como podemos ser eficazes? Jornal de Pediatria, v.80, n.3, p.173-182, 2004.
MULLER, M. J.; et al. Preventions of obesity: it is possible? Obes Rev, v.2, n.1, p.15-28, 2001. NSW CENTRE FOR PUBLIC HEALTH NUTRITION. Best options for promoting healthy weight and preventing weight gain in NSW. New South Wales: University of Sidney; 2005. OMS. Organização Mundial da Saúde. Curvas de crescimento de IMC por idade. 2007. Disponível em: <http://nutricao.saude.gov.br/sisvan.php?conteudo=curvas_cresc_oms>. Acesso em: 30 out. 2008.
PALMA, A. Atividade física, processo saúde-doença e condições sócio-econômicas: uma revisão da literatura. Rev Paul Educ Fís, São Paulo, v.14, n.1, p.97-106, 2000.
POPKIN, B. M.; DOAK, C. M. The obesity epidemic is a worldwide phenomenon. Nutrition Reviews, v.56, n.4, p.106-114, 1998.
POPKIN, B. M. The nutrition transition and its health implications in lower-income countries.
Publ Health Nutr, v.1, n.1, p.5-21, 1997.
RECH, R. R. et al. Prevalência de obesidade em escolares de 7 a 12 anos de uma cidade Serrana do RS, Brasil. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum, v.12, n.2, p.90-97, 2010.
ROBERT, W. J; FRENCH, S. A. Epidemic obesity in the United States: are fast food and television viewing contributing? Am J Public Health, v.88, p.277-280, 1998.
RONQUE, E. R. V.; CYRINO, E. S.; DÓREA, V. R. et al. Prevalência de sobrepeso e obesidade em escolares de alto nível socioeconômico em Londrina, Paraná, Brasil. Rev. Nutr., v.18, n.6, 2005.
SANTOS, L. A. S. Educação alimentar e nutricional no contexto da promoção de práticas alimentares saudáveis. Rev Nutr, Campinas, v.18, n.5, p.681-692, 2005.
SAVIO, K. E. O.; COSTA, T. H. M.; MIASAKI, E.; SCHMITZ, B. A. S. Avaliação do almoço servido à participantes do Programa de Alimentação do Trabalhador. Rev Saude Publ, v.39, n.2, p.148-155, 2005.
SOAR, C.; et al. Prevalência de sobrepeso e obesidade em escolares de uma escola pública de Florianópolis, Santa Catarina. Rev Bras Saúde Matern Infant, Recife, v.4, n.4, p.391-197, 2004.
SPINELLI, M. G. N. et al. Avaliação do estado nutricional e do consumo alimentar de pré-escolares e escolares do ensino fundamental 1. São Paulo, 2010. 61p. Trabalho não publicado.