FIBRAS E LIPÍDIOS EM ALIMENTOS VEGETAIS ORIUNDOS DO CULTIVO ORGÂNICO E CONVENCIONAL
Palavras-chave:
cascas, talos, folhas, sementesResumo
O objetivo desse trabalho foi determinar e comparar o teor de fibras e lipídios em partes de vegetais cultivados de forma convencional e orgânica, que são geralmente descartadas pelos consumidores, porém podem apresentar valor nutricional importante. Foram utilizadas amostras do cultivo convencional e orgânico certificado, da região de Botucatu, SP. Para as análises, as amostras passaram por um processo asséptico de solução clorada, seguido de secagem em estufa a 60oC e moídas. Sementes de abóbora e talos de brócolis cultivados de forma convencional apresentaram maior teor de fibras. Cascas de banana e laranja orgânicos apresentaram maior teor de lipídios. Já as cascas de limão e rabanete, folhas de brócolis e mandioca e talos de couve, brócolis e espinafre não apresentaram dados que mostrem diferenças significativas entre si quanto ao teor de lipídios. As partes analisadas, independentes do modo de cultivo, são boas fontes de fibras e lipídeos.
Referências
BLIGHT, E. G.; DYER, W. J. A rapid method of total lipid extraction and purification use in determining vitamin E–lipid ratios. Canadian Journal Biochemistry and Physiology, v.37, n.8, p.911-917, 1959.
BORDELEAU, G., et al. Food quality: A comparison of organic and conventional fruits and vegetables. Ecol Agric – Den Kongelige Veterinoer –og Landbohojskole. 2002. p.1-82.
CUMMINGS, J. H. What is dietary fiber? Trends Food Science Technology, v.2, p.99-103, 1991.
DANIEL, O., et al. Select phenolic compounds in cultivated plants: ecologic functions, health implications, and modulation by pesticides. Environmental and Health Perspectives, v.107, n.1, p.109-114, 1999.
FILISETTI-COZZI, T. M. C. C.; LAJOLO, F.M. Fibra alimentar insolúvel, solúvel e total em alimentos brasileiros. Revista da Faculdade de Farmácia e Bioquímica da Universidade de São Paulo, v. 27, n. 1, p.85-99, 1991.
GORINSTEIN, S., et al. Comparative contents of dietary fiber, total phenolics, and minerals in persimmons and apples. Journal of Agricultural and Food Chemistry, v. 49, n.2, p.952 - 957, 2001.
GRIGELMO-MIGUEL, N.; GORINSTEIN, S.; MARTIN-BELLOSO, O. Characterization of peach dietary fiber concentrate as a food ingredient. Food Chemistry, v. 65, n. 2, p.175-181, 1999.
HEREDIA, A., et al. Fibra Alimentaria. Biblioteca de Ciências. 2002. p. 1-117. IAL. Instituto Adolfo Lutz. Normas analíticas do Instituto Adolfo Lutz: métodos químicos e físicos de composição de alimentos 3. ed. v.1. São Paulo, 1985.
JIMÉNEZ-ESCRIG, A.; SÁNCHEZ-MUNIZ, F. J. Dietary fiber from Edible seaweeds: chemical structure, physicochemical properties and effects on cholesterol metabolism. Nutritional Research, v.20, n.4, p.585-589, 2000.
KOBORI, C. N.; JORGE N. Caracterização dos óleos de algumas sementes de frutas como aproveitamento de resíduos industriais. Ciência e Agrotecnologia, v.29, n.5, p.1008-1014, 2005
LARRAURI, J. A., et al. Dietary fibre obtained from citrus hush and pineapple peel. Revista Española Ciencia y Tecnología de Alimentos, v.34, p.102-107, 1994
LIMA, D. M., et al. Tabela de Composição de Alimentos (TACO). Versão II. Universidade Estadual de Campinas. Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentação-Nepa. 2004.
MAGKOS, F.; ARVANITI, F.; ZAMPELAS, A. Organic food: nutritious food or food for though. A review of evidence. International Journal of Food Science and Nutrition, v.54, n5, p.357-371, 2003.
MCDONALD, P.; EDWARD, R. A.; GREENHALGH, J. E. D. Nutrición animal. E Acríbia: Ed. Zaragoza, 1999. 576p.
MENDES, M. H. M., et al. Tabela de composição de alimentos. EDUFF. 1995.
NAWIRSKA, A.; KWASNIEWSKA, M. Dietary fiber fractions from fruit and vegetable processing waste. Food Chemistry, v. 91, n.2, p.221-225, 2005.
SANGNARK, A.; NOOMHORM, A. Effects of particle size on in vitro calcium and magnesium binding capacity of prepared dietary fiber. Food Research International, v. 36, n. 1, p.91-96, 2003.
SIDERER, Y.; MAQUET, A.; ANKLAM, E. Need for research to support consumer confidence in the growing organic food market. Trends Food Science and Technology, v.16, n.8, p.332-343, 2005.
SOMERVILLE, C. C., et al. Lipids. In: BUCHANAN, B.; GRUISSEM, W.; JONES, R. Biochemistry & Molecular Biology of Plants. Rockville: American Society of Plant Physiologists. 2000. p.456-458.
VELDMAN, F. J., et al. Dietary Pectin influences fibrin network structure in hypercholesterolemia subjects. Thermobosis Research, v.86, n.1, p.183-196, 1997
VILLANUEVA-SUAREZ, M. J., et al. Characterization of nonstarch polyssacarids content from different edible organs of some vegetables, determinated by GC and HPLC: Comparative study. Journal of Agriculture and Food Chemistry, v.51, n.20, p.5950-5955,
2003.
VOLLENDORF, N.W.; MARLETT, J. A. Comparison of two methods of fiber analysis of 58 foods. Journal of Food Composition, v.6, n.3, p.203-214, 1993.
YOUNG, J. E., et al. Phytochemical phenolics in organically grown vegetables. Molecular Nutrition & Food Research, v.49, n.12, p.1136-1142, 2005.