OS EFEITOS DO LUTO NO CÉREBRO
Palavras-chave:
Luto, Neurociências, Neuroplasticidade, Sistema NervosoResumo
Este artigo busca trazer uma perspectiva geral do luto, analisando as esferas teóricas, psicossociais, biológicas e neurocientíficas. Logo, foi feita uma revisão bibliográfica de diversos artigos, trabalhos e livros, a fim de abarcar uma grande quantidade de informações. Assim, foram destacadas as teorias de dois autores sobre o assunto: Parkes, que afirmava que se deve compreender o luto como um processo e não como um estado; e Bowlby, que alegava que as respostas comportamentais do luto possuem raízes biológicas. Além disso, é analisado esse processo na vida cotidiana no indivíduo, ou seja, em seu trabalho e em sua família, pois esse estado pode acarretar diretamente no funcionamento das atividades psicossociais. Ademais, é explorado o luto no campo biológico, onde são explicados os sintomas que atingem os indivíduos e em que são discutidas as ideias de luto natural e luto complicado. Adiante, é analisada a relação do luto com as neurociências, dado que seu avanço contribuiu para as hipóteses que relacionam os sentimentos com as regiões do cérebro. Dessa forma, são compreendidos os conceitos de amígdala e neuroplasticidade e são averiguados os sistemas. Por fim, são ponderadas as emoções nesse processo, evidenciando-se a importância de uma psicologia em contato com às neurociências.
Referências
ARANTES-GONÇALVES, F. Luto e Depressão: Da Psicanálise às Neurociências. Interações: Sociedade e as novas modernidades, v. 11, n. 21, 15 mar. 2013.Disponível em https://www.interacoes-ismt.com/index.php/revista/article/download/320/332/. Acessoem: 06 mar. 2022.
BOWLBY, J. Attachment: Vol.1. Attachment and Loss. United States: Basic Books, 1982a.
BOWLBY, J. Formação e rompimento dos laços afetivos. São Paulo: Martins Fontes, 1982b.
BOWLBY, J. Formação e rompimentos dos laços afetivos. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1990.
BOWLBY, J. Loss sadness and depression: Vol.3. Attachment and Loss. United States: Basic Books, 1980.
BRANDÃO, Marcus L. Psicofisiologia - 3 ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2012.
BROMBERG, M. H. P. F. A psicoterapia em situação de perdas e luto. Campinas: Livro pleno, 2000.
BROMBERG, M. H. P. F. A psicoterapia em situações de perdas e luto. Editora Livro Pleno, 2000.
CAMPOS, M. T. F. S. A influência do luto no comportamento alimentar e suas implicações nas condutas nutricionais. Ciência & Saúde Coletiva, v. 18, p. 2769-2779, 2013. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csc/a/r8CQpztF5wmDLFKNzHCsZjy/?format=pdf&lang=pt Acesso em: 01 mar. de 2022.
CORDEIRO, M. D. S. et al. Diálogos entre a neurociência e a psicologia, com foco no luto: um estudo bibliográfico. Dissertação de Mestrado, Pontifícia Universidade Católica, São Paulo, 2014.
DAMÁSIO, A. R. Emoções e sentimentos. In: DAMÁSIO, A. R. O erro de Descartes: emoção, razão e o cérebro humano. 3. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2012. cap. 7, p. 126-157.
DE CASTRO, A. L. T. J.; RODRIGUES, A. C. L.; MARTINS, H. A. Mecanismos neurobiológicos do luto: uma revisão bibliográfica. 2021. Disponível em: https://www.unicesumar.edu.br/anais-epcc-2021/wpcontent/uploads/sites/236/2021/11/88.pdfAcesso em: 03 mar. de 2022.
FRANCO, M. H. P. Estudos avançados sobre o luto. Campinas: Livro Pleno, 2002, p. 24.
HAGEDORN, R. Ferramentas para prática em Terapia ocupacional: uma abordagem estruturada aos conhecimentos e processos centrais. São Paulo: Roca, 2007.
HAZEN, M.A. Recognizing and responding to workplace grief. Organizational dynamics, v.38, n.4, 2009, pg. 291-293. Disponível em
https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0090261609000497?via%3Dihub. Acesso em 19 fev. 2022.
LENT, R. Cem bilhões de neurônios: conceitos fundamentais de neurociência. In: Cem bilhões de neurônios: conceitos fundamentais de neurociência. 2004.
MARINHO, A. H. R.; MARINONIO, Cássia C. R.; RODRIGUES, Luciana C. A. O processo de luto na vida adulta decorrente de morte de um ente querido. Trabalho de Conclusão de Curso [Curso de Psicologia], Universidade Estácio de Sá, Rio de, p. 35, 2007. Disponível em: https://www.4estacoes.com/pdf/publicacoes/o_processo_luto_vida_adulta.pdf Acesso em: 22 de fev. 2022.
MEZZASALMA, M. A. et al. Neuroanatomia do transtorno de pânico. Revista Brasileira de Psiquiatria [online]. v. 26, n. 3, p. 202-206, 2004. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1516-44462004000300010. ISSN 1809-452X. Acessoem: 27 fev. 2022.
PARKES, C. M. Bereavement as a Psychosocial Transition: Processes of Adaptation to Change. Journal of Social Issues, v. 44, n. 3, p. 53-65, 1988. https://doi.org/10.1111/j.1540-4560.1988.tb02076.x. Acesso em: 14fev. 2022.
PARKES, C. M. Coping with loss: Bereavement in adult life. BMJ, v. 316, n. 7134, p. 856-859, 1998a. Disponível em: https://www.bmj.com/content/316/7134/856.1. Acesso em: 14 fev. 2022.
PARKES, C. M. Facing loss. BMJ, v. 316, n. 7143, p. 1521-1524, 1998b. Disponível em: https://www.bmj.com/content/316/7143/1521.short.Acesso em: 14 fev. 2022.
PARKES, C. M. Luto: estudos sobre a perda na vida adulta. São Paulo: Summus, 1998c.
PONTALIS, J. B.; LAPLANCHE, J. Vocabulário da psicanálise. Santos: Martins, 2001.
PURVES, D. et al. Neurociências. 4. ed. São Paulo: Artmed, 2010. 936 p. ISBN 978-0-87893- 697-7.
RAIVA. Dicionário online Michaelis, 26 fev. 2022. Disponível em https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/raiva. Acesso em 26 fev. 2022.
RAMOS, V. A. B. O processo de luto. Revista Psicologia, v. 12, n. 1, p. 13-24, 2016. Disponível em https://www.psicologia.pt/artigos/textos/A1021.pdf. Acesso em 19 fev. 2022. ROSADO, P. S. V. Na senda da neuroplasticidade: musicoterapia aplicada à reabilitação neurológica. 2016. Dissertação de Mestrado.
RUSCHEL, P. P. Quando o luto adoece o coração: luto não-elaborado e infarto. Edipucrs, 2006 Disponível em: https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=YC0zewHiKEEC&oi=fnd&pg=PA15&dq=problema+cardiovascular+luto&ots=SPKlvkTuwy&sig=pw8K1lDhGwfktUl2QPEuM9mLuuM#v=onepage&q=problema%20cardiovascular%20luto&f=false Acesso em: 01 mar. de 2022.
SHAPIRO, E. Grief as a family process: a developmental approach to clinical pratice.New York and London: The Guilford Press,1994.
SOUZA, A. M.; CORREA, V. A. C. Compreendendo o pesar do luto nas atividades ocupacionais. São Paulo, v.1, n.2, p.131-148, nov. 2009. Disponível em http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2175-25912009000200009&lng=pt&nrm=iso. Acessoem: 19 fev. 2022.
THOMAS, Sandra P. “Anger: The Mismanaged Emotion”. Dermatology Nursing. Agosto, 2003.
THOMPSON, N. Loss, grief and trauma in the workplace. New York: Baywood Publishing Company, 2009. Disponível em
https://www.taylorfrancis.com/books/mono/10.4324/9781315224183/loss-grief-traumaworkplace-neil-thompson. Acesso em: 19 fev. 2022.
WALSH, F. & MCGOLDRICK, M. Morte na Família: sobrevivendo às perdas. São Paulo: Editora Artes Médicas Sul, Lda, 1998.
WORDEN, J. W. Terapia do Luto. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.
