VALOR ECONÔMICO E RECONHECIMENTO SOCIAL DO VALOR: UM ENSAIO EM FILOSOFIA DA ECONOMIA

Autores

  • Alfredo Pereira Jr. Professor, Instituto de Biociências – Universidade Estadual Paulista (UNESP) Autor
  • Francisco Sousa Associado Sênior em Planejamento Estratégico no CACI (www.caci.com) Autor

Palavras-chave:

Filosofia da Economia, Valor Econômico, Valor Social, Moeda Digital, Reconhecimento

Resumo

Realizamos aqui uma análise filosófica de conceitos econômicos e apresentamos uma proposta de abordagem prática das questões levantadas. O Valor Econômico é definido em relação às trocas econômicas efetivas, atuais ou potenciais, enquanto o Valor Social é definido em relação às ações de promoção das pessoas, ou seja, ao desenvolvimento humano. Na sociedade capitalista, há uma dissociação entre ambos, pois o Valor Social só é objeto de remuneração quando tem Valor Econômico, o que conduz a dois tipos de problema: o aumento da desigualdade econômica, desfavorecendo os setores da sociedade que geram Valor Social sem Valor Econômico, e a degradação do ambiente, que acontece quando os bens ambientais são utilizados pelo prisma exclusivo do Valor Econômico. Neste ensaio, procuramos investigar estes conceitos, os relacionando com o conceito de Consciência, a qual operaria historicamente não só na geração do Valor Econômico, como também no processo de reconhecimento e remuneração do Valor Social. Na transição da teoria para a prática, fazemos também sugestões sobre uma maneira de resolver o problema no âmbito da política econômica de Estado.  

Referências

BARROWCLOUGH, D. Starting with the Poor. In: United Nations (Org.) The Ins and Outs of Inclusive Finance: some lessons from microfinance and basic income. Genebra: UNCTAD (United Nations Conference on Trade and Development). 2018.

BELLOFIORE, R. The Multiple Meanings of Marx’s Value Theory Monthly Review 2018. Available at; https://monthlyreview.org/2018/04/01/the-multiple-meanings-of-marxs-valuetheory/.

BROWN, E. Banking on the People: Democratizing Money in the Digital Age. The Democracy Collaborative: Washington, USA.CORDEIRO, R.C. (1995) Da Riqueza das Nações à Ciência das Riquezas. Rio de Janeiro: Loyola. 2019.

HEGEL, G.W. F.. Fenomenologia do Espírito. Tradução de Paulo Menezes. 9a. Edição. Petrópolis (RJ): Vozes.2014.

KEYNES, J.M.. Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda. Tradução de Mário Ribeiro da Cruz. São Paulo: Editora Atlas. 1992.

LAGARDE, C. Winds of Change: The Case for New Digital Currency. 2018. Disponível em: https://www.imf.org/en/News/Articles/2018/11/13/sp111418-winds-of-change-the-case-fornew-digitalcurrencyfbclid=IwAR1OZSt3GAmJNCG0vIHUNSfx_F6sY110IAIQCCN_X69RBKOa9WFuH_j5ABI

MARX, K. O Capital: Crítica de Economia Política. Livro I: O processo de produção do capital. Tradução de Rubens Enderle. São Paulo: Boitempo. 2013

PIKETTY, T.. O Capital no Século XXI. Rio de Janeiro: Intrínseca. 2014.

STANDING, G.; ORTON, I. Development and Basic Income: an emerging economic model. In: United Nations (Org.) The Ins and Outs of Inclusive Finance: some lessons from microfinance and basic income. Genebra: UNCTAD (United Nations Conference on Trade and Development).2018

WERNER, R. Can banks individually create money out of nothing? — The theories and the empirical evidence. International Review of Financial Analysis 36, Pages 1-19. 2014.

Downloads

Publicado

2025-11-28