AVALIAÇÃO DA PERCEPÇÃO DA IMAGEM CORPORAL E ATITUDES ALIMENTARES DE ESTUDANTES DAS ÁREAS DE SAÚDE E HUMANAS DE UMA UNIVERSIDADE DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

Autores

  • Andressa Carneiro Sarhan Acadêmicas de graduação em Nutrição – Centro de Ciências Biológicas e da Saúde – Universidade Presbiteriana Mackenzie. Autor
  • Julia Pinheiro Krey Acadêmicas de graduação em Nutrição – Centro de Ciências Biológicas e da Saúde – Universidade Presbiteriana Mackenzie. Autor
  • Daniela Maria Alves Chaud Docentes Adjuntas do Curso de Nutrição – Centro de Ciências Biológicas e da Saúde – Universidade Presbiteriana Mackenzie. Autor
  • Edeli Simioni De Abreu Docentes Adjuntas do Curso de Nutrição – Centro de Ciências Biológicas e da Saúde – Universidade Presbiteriana Mackenzie Autor

Palavras-chave:

imagem corporal, atitude alimentar, estudantes universitárias

Resumo

O ideal de corpo passou por mudanças ao longo dos anos e o sobrepeso passou a ser alvo de discriminação. Os padrões de beleza impostos pela mídia e pela sociedade não respeitam os diversos biótipos existentes, fazendo com que as pessoas caiam na armadilha da dieta, um fator precipitante para os Transtornos Alimentares (TAs). Objetivo: Avaliar a percepção da imagem corporal e as atitudes alimentares de estudantes das áreas de saúde e humanas de uma universidade do município de São Paulo. Métodos: Responderam ao questionário Eating Attitudes Test (EAT-26), acompanhado de questões referentes ao peso e altura, 100 universitárias das áreas de saúde e humanas (18 a 25 anos), sendo o IMC calculado e a imagem corporal avaliada pela aplicação da escala de silhuetas (KAKESHITA et al., 2009). Resultados: O questionário EAT-26 mostrou que 24% das alunas da saúde e 28% das de humanas apresentaram risco para TAs. Sobre a imagem corporal, 95% apresentaram distorção (sendo 48% da área de saúde e 47% de humanas), com predomínio de superestimação. A maioria (81%) apresentou insatisfação da imagem corporal, sendo a distribuição percentual segundo o desejo de diminuir o tamanho corporal igual em ambas as áreas (35% em cada) e desejo de aumentar o tamanho corporal maior no curso de educação física (p<0,05). Conclusão: Houve destaque para a superestimação do tamanho do corpo, independente do curso ou da área de estudo. Sobre as atitudes alimentares, as estudantes da área de humanas obtiveram, ao contrário de outros estudos, maiores pontuações que as a área da saúde, o que sugere sua maior suscetibilidade para o desenvolvimento de TAs.

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Publicado

2025-11-24