O TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE E AUTO ORGANIZAÇÃO

Autores

  • Lujani Aparecida Camilo Mestranda em Saúde Pública Autor
  • Alfredo Pereira Junior Professor Adjunto do Departamento de Educação do Instituto de Biociências – UNESP – Campus de Botucatu Autor

Palavras-chave:

TDAH, Auto Organização, biopsicossocial

Resumo

O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade é uma das principais causas de procura de ambulatório de saúde mental de crianças e adolescentes. Assim, o encaminhamento para os serviços de saúde em crianças com dificuldades de aprendizagem escolar ou com problemas de comportamento tem sido freqüente. Muitos desses encaminhamentos realizados por uma queixa escolar têm como objetivo de que seja identificado alguma doença, distúrbio ou deficiência que impede a criança de aprender. O objetivo desse artigo é fazer refletir sobre o conceito de TDAH, o qual pode ser totalmente resignificado quando tomado pelo modelo explicativo biospsicossocial, pois a doença não torna-se o único foco e os demais fatores (sociais, psicológicos, fisiológicos) apresentam e contribuem equitativamente para o aumento ou diminuição do transtorno. Assim como os estudos de Auto Organização podem contribuir para uma visão mais abrangente do processo saúde-doença. 

Referências

American Psychiatry Association Diagnostic na Statistic of Mental Disorders. 4.ed. Washington, DC: American Psychiatric Association, p.78-85, 1994.

APA (American Psychiatric Association). DSM-IV-TR: Referência rápida aos critérios do DSM-IV-TR. Porto Alegre, RS: Artmed, 2003.

ARNSTEN, A.F.T.; Li, B.M. Neurobiology of executive functions: catecholamine influences on prefrontal cortical functions. Biol Psychiatry, v.57, p.1377-84, 2005.

BARKLEY, R.A. Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH): guia completo para os pais, professores e profissionais da saúde. Tradução Luiz Sérgio Roizman. Porto Alegre: Artmed, 2002.

BENCZIK, E.B.P. Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade: atualização diagnóstica e terapêutica, um guia de orientação para profissionais. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2000a

BRZOZOWSKI, F.S.; BRZOZOWSKI, J.A.; CAPONI, S. Classificações interativas: o caso do Transtorno de Défict de Atenção com Hiperatividade infantil. Interface – Comunic., Saúde, Educ., v.14, n.35, p. 891-904, out/dez, 2010.

CALIMAN, L.V. A constituição sócio-médica do “fato-TDAH”. Psicologia & Sociedade, 21(1): 135-144, 2009.

COLLARES, C.A.L.; MOYSÉS, M.A.A. Preconceitos no cotidiano escolar: ensino e medicalização. São Paulo: Cortez, p. 250, 1996.

CONRAD, P.; SCHNEIDER, J. W. Deviance and medicalization: from badness to sichness: with a new afterword by the authors. Philapelphia: Temple University Press, 1992.

CYPEL, S. A criança com déficit de atenção e hiperatividade: atualização para pais, professores e profissionais da saúde. São Paulo: Lemos Editorial, 2001.

DEBRUN, M. A idéia de Auto-Organização. In: DEBRUN, M.; GONZALEZ, M.E.Q.;

PESSOA JR, O. (Org.). Auto-Organização: estudos interdisciplinares em filosofia, ciências naturais e humanas, e artes. Campinas: UNICAMP, Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência, 1996.

DOYLE, A.E.; et al. Are endophenotypes based on measures of executive functions useful for molecular genetic studies of ADHD? J Child Psycholog Psychiatry, v. 47, p.774-803, 2005.

DSM-IV-TR. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. 4.ed. Porto Alegre: Artmed, 2002.

ENGEL, G.L. The need for a new medical model: a challenge for biomedicine. Science 1977; 196: 129-136.

GOLDSTEIN, S.; GOLDSTEIN, M. Hiperatividade: como desenvolver a capacidade de atenção da criança. Tradução Maria Celeste Marcondes. 2. Ed. Campinas: Papirus, 1996.

GOLFETO, J.H.; BARBOSA, G. Epidemiologia, In: ROHDE, LUIZ GUSTAVO, M.; PAULO et al. Princípios e práticas em TDAH. Porto Alegre: Artmed, 2003.

GOFFMAN, E. Estigma: notas sobre a manipulação da identidade deteriorada. 4.ed. Rio

de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988.

GUARDIOLA, A.; FUCHS, F.; ROTTA, N. Prevalence of attention-deficit hyperactivity disorders in students. Arq Neuropsiquiatr, v. 58, p.401-7, 2000.

LAURIDSEN-RIBEIRO, E.; TANAKA, O.Y. Problemas de saúde mental das crianças: abordagem na atenção básica. 1.ed. São Paulo: Annablume, 17p., 2005.

LIMA, R.C. Somos todos desatentos? O TODA/H e a construção de bioidentidades. Rio de Janeiro: Relume Drumará, 2005.

LUSSI, I.A.O. PEREIRA, M.A.O.; PEREIRA JUNIOR, A. A proposta de reabilitação psicossocial de Saraceno: um modelo de auto-organização? Ver Latino-Am. Enfermagem, 14(3): 448-56, 2006.

PEREIRA JR, A.; LUSSI, I.A.O.; PEREIRA, M.A.O. Mente In: Universos do Conhecimento. Belo Horizonte: Faculdade de Letras da UFMG, p. 201-19, 2002.

PEREIRA JR,A.; PEREIRA, M.A.O. Teoria da Auto-Organização: uma Introdução e Possível Aplicação nas Ciências da Saúde. Rev. Simbio-Logias, v.3, n.5, Dez/2010.

REIS, M.G.F.; CAMARGO, D.M.P. Práticas Escolares e desempenho acadêmico de alunos com TDAH. Revista Semestral da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional (ABRAPEE), v. 12, n.89-100, Jan/Jun, 2008.

SENO, M.P. Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TODA H): o que os educadores sabem? Rev. Psicopedagogia, v. 27, n. 84, p. 334-43, 2010.

SOUZA, L.K.; REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE PSICOLOGIA. Resumos da Sessão Coordenada: A atualidade da pesquisa em TDAH. Uberlândia: SBP Sociedade Brasileira de Psicologia, 2008.

SWANSON, J.M. et al. Attention-deficit/hyperactivity disorders:symptom domains, cognitive processes and neural networks. In: ___. Parasuraman R. The Attentive Brain: MIT Press, Cambridge, MA, p. 445-460, 1998.

VARELA, F.; THOMPSON, E.; ROSCH, E. The embodied mind. Cambridge, Mass.: MIT Press, 1991.

Downloads

Publicado

2025-11-24