ASPECTOS ÉTICOS, LEGAIS E SOCIAIS DAS NEUROCIÊNCIAS

Autores

  • Leonardo Ferreira Almada Professor Adjunto II do Instituto de Filosofia e do Programa de Pós Graduação em Filosofia da Universidade Federal de Uberlândia Autor

Palavras-chave:

Ética das Neurociências, neurotecnologias, manipulação de traços neurais, responsabilidade moral

Resumo

O objetivo desse ensaio é o de delimitar de maneira breve alguns dos principais desafios éticos suscitados pelas Neurociências. Primeiramente, procederei a uma definição dos termos Neuroética, Neurociência da Ética, Ética das Neurociências e mostrar como essas áreas estão na base de uma Neurociência Social. Em um momento posterior, falarei de algumas das principais questões éticas, legais e sociais envolvendo o uso de tecnologias de neuroimagem. Discorrerei também sobre algumas implicações éticas que estão presentes na possibilidade de manipulação de traços neurais e terminarei com algumas questões envolvendo o futuro da responsabilidade moral sob a égide de uma era neurocientífica. 

Biografia do Autor

  • Leonardo Ferreira Almada, Professor Adjunto II do Instituto de Filosofia e do Programa de Pós Graduação em Filosofia da Universidade Federal de Uberlândia

    Realizou Pós Doutorado pelo Departamento de Educação do Instituto de Biociências da
    UNESP/Botucatu, sob a supervisão do Prof. Dr. Alfredo Pereira Jr. É Doutor e Mestre em Filosofia pelo
    Programa de Pós Graduação em Filosofia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. É Bacharel em Filosofia
    pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. 

Referências

ALMADA, Leonardo Ferreira. Processos implícitos não-conscientes na tomada de decisão: a hipótese dos marcadores somáticos. Ciências & Cognição, v. 17, n. 1, p. 105-119, 2012.

DUMIT, Joseph. Picturing Personhood: Brain Scans and Biomedical Identity. NJ, Princeton: Princeton University Press, 2004.

FARAH, Martha, et al. Neurocognitive enhancement: what can we do and what should we do? Nature Reviews Neuroscience, v. 5, n. 5, p. 421-425, 2004.

FARAH, Martha. Ethical, legal and societal issues in Social Neuroscience. In: CACIOPPO, John T. and DECETY, Jean. (Eds.). Oxford Handbook of Social Neurosciences. New York: Oxford University Press, 2011, p. 1015-23.

GREELY, Henry et al. Towards responsible use of cognitive‐enhancing drugs by the healthy. Nature, v. 456, n. 7223, p. 702-705, 2008.

GREENE, Joshua and COHEN, Jonathan. For the law, neuroscience changes nothing and everything. Philosophical Transactions of the Royal Society B: Biological Sciences, v. 359, n.1451, p. 1775-1785, 2004.

INTERNATIONAL NEUROETHICS SOCIETY. What is Neuroethics? 2008. Disponível em: <http://www.neuroethicssociety.org/what-is-neuroethics>. Acesso em: 10 Set. 2013.

KNUTSON, Brian; RICK, Scott; WIMMER, Elliot; PRELEC, Drazen; e LOEWENSTEIN, George. Neural predictors of purchases. Neuron, v. 4, n. 53, p. 147‐156, 2007.

MCCABE, David e CASTEL, Alan. Seeing is believing: The effect of brain images on judgments of scientific reasoning. Cognition, v. 107, p. 343‐352, 2008.

OLFSON, Mark e STEVEN, Marcus. National Patterns in Antidepressant Medication Treatment. Archives of General Psychiatry, v. 66, n. 8, p. 848‐856, 2009.

THE OXFORD CENTRE FOR NEUROETHICS. 2009. Disponível em: <http://www.neuroethics.ox.ac.uk/home>. Acesso em: 10 Set. 2013.

RACINE, Eric; BAR‐ILAN, Ofek; e ILLES, Judy. fMRI in the public eye. Nature Reviews Neuroscience, v. 6, n.2, p. 159-164, 2005.

ROSKIES, Adina. Neuroethics for the new millenium. Neurons, v. 35, n.21, 2002.

ROSKIES, Adina. Neuroscientific challenges to free will and responsibility. Trends in Cognitive Science, v. 10, n. 9, p. 419-423, 2006.

Downloads

Publicado

2025-11-14