Uma Concepção de Bioética na Perspectiva Evolucionista

Autores

  • Alfredo Pereira Júnior Departamento de Educação - Instituto de Biociências - UNESP/Botucatu Autor

Palavras-chave:

Bioética, Consciência, Evolução, Hedonismo, Magnanimidade

Resumo

James Mark Baldwin talvez tenha sido o primeiro pensador a defender explicitamente um papel da consciência no processo evolutivo darwiniano. Ao optar por uma ação que produza uma reação prazerosa, ao invés de uma ação que produza uma reação dolorosa (e deste modo contribuindo para gerar um novo hábito que venha a influenciar os padrões de reprodução de uma população), todo ser consciente estaria participando na definição dos rumos do processo evolutivo. Essa proposta teria uma consequência importante para a Bioética, no sentido de uma Ética da Vida: ao realizar suas opções conscientes, todo sistema vivo influencia os rumos do processo evolutivo. Entretanto, uma consciência bioética pressupõe mais que escolhas hedônicas; é preciso que hábitos assim formados embasem ações intencionais voltadas a metas admiráveis, ensejando uma coerência do Eu no tempo, o que Aristóteles entendia como sendo a virtude da magnanimidade

Referências

BALDWIN, J.M. (1896) Consciousness and Evolution. Psychological Review 3(3), 300-309.

DEACON, T.W. (1997) The Symbolic Species: The Co-Evolution of Language and the Brain. New York: W.W. Norton and Co.

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PEREIRA Jr, A. (2013) Triple-Aspect Monism: A Framework for the Science of Consciousness. In: PEREIRA JÚNIOR, A.; LEHMANN D. (Eds.) The Unity of Mind, Brain and World: Current Perspectives on a Science of Consciousness. Cambridge/ UK: Cambridge University Press

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Publicado

2025-11-14