ESTIMATIVA DO CONSUMO, GASTO ENERGÉTICO E COMPOSIÇÃO CORPORAL NUM ESTUDO DE CASO-CONTROLE COM MULHERES OBESAS PRATICANTES DE ATIVIDADE FÍSICA PROGRAMADA, SUBMETIDAS OU NÃO À CIRURGIA BARIÁTRICA

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Marina da Paz Bertato
Patrícia Fátima Sousa Novais
Marcelo de Castro Cesar
Irineu Rasera Jr
Silvia Cristina Crepaldi Alves
Maria Rita Marques de Oliveira

Resumo

Objetivo: Estimar e avaliar o consumo, o gasto energético e a composição corporal de mulheres, submetidas ou não à cirurgia bariátrica.


Métodos: Participaram do estudo 12 mulheres com idade entre 25 e 62 anos, sendo 6 que realizaram cirurgia bariátrica e 6 sem intervenção cirúrgica, com índices de massa corporal (IMC) similares, todas praticantes de atividade física programada. O balanço energético foi avaliado conforme a Academia Americana de Ciências. O consumo alimentar foi estimado por inquérito alimentar de 24 horas em três dias. Foi ainda realizada a avaliação da composição corporal por meio de bioimpedância elétrica e de equações derivadas de dobras cutâneas.


Resultados: Não houve diferença no consumo e no gasto energético entre os grupos. Houve diferença significativa entre os grupos em relação ao consumo de cálcio, vitamina B6 e B12 e da proporção de adequação ou inadequação da dieta. Nos dados da avaliação antropométrica, encontrou-se diferença significativa na dobra cutânea do bíceps, na água extracelular entre os grupos e gordura corporal tanto entre os grupos analisados quanto entre os dois métodos utilizados – bioimpedância e somatória das dobras.


Conclusão: O gasto energético mostrou uma tendência das equações de predição em superestimarem o fator atividade e a necessidade dos indivíduos. Há diferenças na composição corporal das mulheres de mesmo IMC que realizaram ou não a cirurgia da obesidade. Assim, as diferenças encontradas no conjunto dos dados apontam para cautela no uso e interpretação dos mesmos.

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