A CONSCIÊNCIA E SUA EXPRESSÃO

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David Rosenthal
Alfredo Pereira Júnior

Resumo

Uma descrição completa das emoções deve inevitavelmente fazer referência ao seu conteúdo intencional. Estados como alegria, medo, raiva, espanto, tristeza, prazer e frustração são sobre estados de coisas, e representam essas coisas como tendo certas propriedades. As emoções, como estados cognitivos, têm conteúdo intencional. Entretanto, é igualmente claro que as
emoções não são apenas casos especiais de atitudes proposicionais, mas são tipos distintos de estado mental. O que é isso, então, que distingue as emoções de estados cognitivos? Parte da resposta está, sem dúvida, na sensação fenomenal que as emoções exibem. Normalmente, há um “como se sente” quando se está zangado, alegre, ciumento, amedrontado ou triste,
enquanto as atitudes proposicionais não têm tal aspecto fenomenal. Embora a ocorrência de uma ou outra sensação fenomenal seja característica da maioria das emoções, tal sensação fenomenal é muito menos central à natureza desses estados do que muitas vezes se supõe. Há algo mais em ser um Eu do que a coleção de estados mentais em que se está; esses estados devem estar juntos de uma forma que resulte em alguma unidade característica e individualidade. Depois de revisar brevemente algumas questões gerais que surgem na explicação da consciência, eu apresento e defendo brevemente uma hipótese sobre como estados mentais são conscientes, e sobre como estados mentais conscientes diferem daqueles
que não são. Usando essa hipótese, eu desenvolvo uma explicação tanto de porque todos estados cognitivos expressos verbalmente são conscientes, e por que os estados afetivos podem não ser conscientes mesmo quando verbalmente expressos.

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