MICHEL DEBRUN EM BOTUCATU, 1990: O CONCEITO DE AUTOORGANIZAÇÃO

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Angelina Batista
Fernanda Helena Palermo
Alfredo Pereira Júnior

Resumo

O Conceito de auto-organização e noções afins, como a noção de autopoiese e a noção de autorreferência, essas noções formam o que alguns chamaram de uma galáxia, a galáxia dos conceitos, cujo nome começa por auto, galáxia que se tornou em certos meios científicos e filosóficos, muito badalada a partir dos anos 60. Evidentemente, esses conceitos não nasceram a partir de nada; eles começaram a ser divulgados, essencialmente a partir de novos desenvolvimentos científicos e, em parte também filosóficos, que se deram em áreas como a termodinâmica, a biologia molecular e celular, a cibernética, a teoria da informação e “last but not least”5 a lógica, a própria lógica. Esses conceitos são difíceis de definir. Limitando-me ao conceito de auto-organização, eu não posso assim dizer de chofre o que é auto-organização, como eu poderia indicar a cor bege de uma poltrona. Não posso também dizer que autoorganização seja uma coisa evidente, ou seja, que vamos encontrar forçosamente fenômenos que vão se encaixar numa ideia, seja qual for ela, de auto-organização. Por exemplo, autoorganização não é como o código genético, seja qual for a interpretação que eu vou dar de código genético, se realmente ele contém uma dimensão informacional ou se informação nele é apenas uma metáfora. Todavia não vou duvidar do código genético.

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Seção
XI COLÓQUIO DE MICHEL DEBRUN