A UNE NA RESISTÊNCIA AO GOLPE DE 1964 E À DITADURA CIVILMILITAR
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Resumen
O presente texto faz uma breve síntese da história da União Nacional dos Estudantes – UNE. Como entidade representativa dos universitários brasileiros, a UNE participou intensamente de vários episódios da história política do Brasil, desde a sua fundação no ano de 1937. Aqui, o objetivo é destacar a sua atividade no período pré-golpe de 1964 e, nos anos 60-70 do século passado.
O estudo se baseia em bibliografia específica e, em documentos e publicações produzidos pela própria UNE. Visa-se registrar a resistência dos estudantes, liderados pela UNE, ao golpe civil-militar de 1964 e à ditadura que se instalou na sequência dos fatos. A reação controladora, repressiva e violenta da ditadura ao movimento estudantil (ME) também é contemplada. A análise da conflituosa relação que se estabeleceu entre o ME e a ditadura, permite algumas conclusões: os estudantes, pelo menos aqueles que se engajaram na UNE, tinham como principal bandeira a Reforma Universitária. Essa bandeira foi gradativamente
incluída nas denominadas Reformas de Base mais gerais e estruturais- defendidas pelos setores sociais progressistas daquela conjuntura histórica. A capacidade dos estudantes em promoverem grandes mobilizações nas ruas, com a adesão de populares, artistas, intelectuais, religiosos, dentre outros, incomodou a irada ditadura que foi ampliando a repressão. Com a prisão de muitos líderes estudantis, a morte, o exílio e o desaparecimento de vários, a UNE enfraquecida passou a atuar na clandestinidade. Ao completar 50 anos do golpe civil-militar de 1964, é preciso dizer: Não ao esquecimento.