O RECONHECIMENTO DA SINGULARIDADE NA ESCOLA: A ESCUTA E A PRÁTICA EDUCATIVA
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Resumo
O texto objetiva apresentar algumas reflexões que contribuam para reconhecer a dimensão de singularidade que constitui cada ser humano a partir das relações sutis e intrínsecas que estabelece com os outros e com o universo cultural. Nesse sentido, reflete sobre o papel do diálogo e da escuta nas práticas educativas para o reconhecimento e valorização dos sujeitos em sua constituição singular. Assume-se como metodologia a pesquisa bibliográfica e o diálogo com contribuições de Morin, Bruner e Freire. Parte-se da proposição de que as expressões culturais oferecem referências fundantes aos sujeitos, mas não atuam como meras reprodutoras “em série”, ou seja, a circulação dos elementos intrínsecos a cada grupo cultural se realiza através de transmissão coletiva e social, mas passa por ressignificações subjetivas e singulares. Particularmente, o universo escolar nem sempre está atento às expressões culturais próprias a grupos de alunos, nem tão pouco aos efeitos que a cultura midiática ou culturas locais exercem e são reconstruídos no processo de constituição de cada sujeito. Considerandose que o processo educativo implica relações e práticas que também contribuam para a formação do sujeito ético, reflexivo, discute-se a importância da vivência dialógica como espaço de escuta e expressão que favoreça o reconhecimento das diferenças mais fundantes de nossa experiência vital.